quinta-feira, 5 de abril de 2012

Estilhaços

Teu olhar ensina
o que o grito mudo
dos teus lábios cala
Miríades de vozes: díspares
Ao que nada se entende
Meu mundo desaba


Revolvo-me entre sonhos alquebrados
Pelo forte
Forte espasmo da Agonia
Não resta história, resquício
o menor rastro
E em desatino desafino esta Elegia


E quando pensas
que minha vontade deita
plácida
Como em seio de Madonna
a dormitar
Recalcitrante, de meu leito, me arvoro:


"Grava-me em teus olhos enquanto corro;
  poderei jamais retornar"