Teu olhar ensina
o que o grito mudo
dos teus lábios cala
Miríades de vozes: díspares
Ao que nada se entende
Meu mundo desaba
Revolvo-me entre sonhos alquebrados
Pelo forte
Forte espasmo da Agonia
Não resta história, resquício
o menor rastro
E em desatino desafino esta Elegia
E quando pensas
que minha vontade deita
plácida
Como em seio de Madonna
a dormitar
Recalcitrante, de meu leito, me arvoro:
"Grava-me em teus olhos enquanto corro;
poderei jamais retornar"