Sou o grande autor,
de uma peça sem enredo ou personagens
Sou o ator principal,
em um teatro de cortinas cerradas e palco quebrado
sem aplausos
sem platéia
sem comentários.
"Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo." Álvaro de Campos
quarta-feira, 27 de abril de 2011
sábado, 16 de abril de 2011
Aliança
Há um quê de Nada
em tudo que vejo;
de um vazio tão negro,
que chega a doer.
É como dia que finda -
e rosa, mais linda,
que deita a morrer
Como beira de praia,
em inverno tão frio.
Sentimento de estio -
o vento e você
Mas de uma levada
se acende o desejo;
no esboçar dum sorriso,
no roçar do teu beijo
Como dia que nasce –
e rosa, mais linda,
que desperta a viver
Então tudo é mar
dragando a razão.
Somos eu e você:
Oceano e Verão.
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